Uma foto,
Um sorriso,
Uma palavra,
Uma emoção.
Um contato,
Uma espera,
Um encontro,
Uma forte ligação.

Um rompante de infindáveis desejos,
Um corpo preso ao outro,
Uma sucessão de descobertas,
Uma inexplicável e prazerosa comunhão.

Não tivemos tempo de viver o que sonhamos.
Não dançamos juntinhos àquela música especial,
Não compartilhamos o por do sol na beira do rio,
Não vimos o luar, que extirparia nossos medos de escuridão.

Fechamos os olhos e em nós, buscamos o intraduzível,
Meus cabelos, feito teia, tu emaranhavas,
E quanto mais o fazias, mais nos queríamos.
Descobrimos novas formas de amar.
Tuas mãos curiosas, em meu corpo, passeavam,
Em teu peito acolhedor, qual em nuvens, eu flutuava.
Tornei-me um ninho quente e aconchegante, só para te receber,
Pude sim, me perder um pouco, para te encontrar.
E assim, nos amando, conhecemos o céu,
Transportados pela nave alucinada de nossos beijos.

Eu fui tu,
Tu foste eu,

Sem deixarmos de ser cada um de nós.